Harmonia tonal e harmonia funcional: são a mesma coisa?
Harmonia tonal e harmonia funcional são dois conceitos essenciais no estudo da música. Apesar de muitas vezes serem usados de forma intercambiável, eles possuem diferenças significativas em termos de abordagem e aplicação.
A harmonia tonal refere-se ao sistema tonal que predominou na música ocidental entre os séculos XVII e XIX, principalmente na música erudita. Nesse sistema, as harmonias são organizadas em torno de uma tonalidade principal, com progressões de acordes que seguem regras específicas de resolução e centro tonal. Esse sistema é baseado na hierarquia tonal e nas relações de tensão e resolução entre os acordes.
Por outro lado, a harmonia funcional é uma abordagem mais abrangente e flexível que inclui não apenas as estruturas tonais tradicionais, mas também elementos de toda a música ocidental e mesmo de outras tradições musicais. A harmonia funcional considera os acordes não apenas em relação à tonalidade principal, mas também em termos de suas funções harmônicas dentro de um contexto mais amplo.
Assim, podemos dizer que a harmonia tonal é um subconjunto da harmonia funcional, que engloba uma gama mais ampla de possibilidades musicais. Enquanto a harmonia tonal se baseia em regras fixas e estruturas preestabelecidas, a harmonia funcional permite maior liberdade e criatividade na concepção e execução de progressões harmônicas.
Em resumo, a harmonia tonal e a harmonia funcional são conceitos relacionados, mas não idênticos. Enquanto a harmonia tonal se refere a um sistema tonal específico que predominou na música erudita ocidental, a harmonia funcional é uma abordagem mais ampla e flexível que engloba uma variedade de estruturas e conceitos musicais. Ambas são fundamentais para a compreensão e prática da música, cada uma contribuindo de forma única para a criação de harmonias ricas e expressivas.