
‘Josie and the Pussycats’ estava décadas à frente do seu tempo
“Willy Wonka ou Josie e as Gatinhas,” pergunta-me a minha melhor amiga.
“Josie and the Pussycats,” Eu escolho mais uma vez.
Estamos em 2002 na cave da minha melhor amiga e temos 8 anos de idade. Ela tem dois DVD’s e temos de escolher entre eles cada vez que vou lá a casa. Ela escolhe sempre Willy Wonka, mas a canção “Cheer Up, Charlie” chateia-me. A minha escolha foi sempre, e continuaria a ser, Josie. Não faça sombra ao Wonka.
Josie and the Pussycats foi lançado a 11 de abril de 2001, com um retumbante fracasso de bilheteira. Para o seu orçamento estimado em 40 milhões de dólares, o fim de semana de estreia rendeu apenas 4 milhões de dólares. Até à data, não parece que tenha recuperado o seu orçamento, mas construiu um culto de seguidores.
Este filme é açúcar, especiarias e tudo o que uma rapariga dos anos 2000 poderia desejar. Brilhos, tecidos metálicos, bandoletes com orelhas de gato e rock ‘n roll.
Rachael Leigh Cook, Rosario Dawson e Tara Reid são as nossas gatinhas. O trio icónico é acompanhado por Alan Cumming, Parker Posey, Missi Pyle, Eugene Levy e um bilião de outros actores cómicos icónicos da época. O filme é baseado no livro Archie banda desenhada e adaptada ao ecrã pela dupla de argumentistas e realizadores Deborah Kaplan e Harry Elfont.
MENSAGENS SUBLIMINARES
A banda feminina começa a tocar rock numa pista de bowling e transforma-se no centro de uma conspiração para transmitir mensagens subliminares através da música pop aos jovens da América.
Compelente.
Mas falhou o alvo com o público de 2001. Em fevereiro de 2001, Britney Spears tinha acabado de assinar o seu contrato de patrocínio com a Pepsi que duraria até 2004. Na altura, foi um êxito! Esta não foi a primeira noção de apoio de celebridades a produtos, mas tornar-se-ia uma das mais famosas.
O patrocínio de celebridades e a colocação de produtos tornaram-se ainda mais prevalecentes nas últimas duas décadas. Todos nós já vimos o o infame anúncio da Pepsi de 2017 da Kendall Jenner. Caramba. Se vir a maior parte dos blockbusters ou anúncios de perfumes com a Natalie Portman, verá isto em primeiro plano.
O público de 2001 não estava preparado para isso. Kaplan e Elfont tinham razão – só que chegaram cedo.