A tonalidade menor é uma das tonalidades mais utilizadas na música brasileira, seja no samba, no choro, no baião ou em outros gêneros. Neste artigo, iremos explorar as escalas, clichês e características dessa tonalidade tão presente na música brasileira.

A tonalidade menor é caracterizada pelo tom mais melancólico e sentimental, em contraste com a tonalidade maior, que geralmente possui um tom mais alegre e animado. A escala menor é formada pelo primeiro, terceiro, quinto, sexto e sétimo graus da escala maior, com a terça e a sexta graus um semitom abaixo.

Dentro da tonalidade menor, existem três tipos principais de escalas: a natural, a harmônica e a melódica. A escala natural menor é formada pelas notas da tonalidade menor sem nenhum acidente, enquanto a escala harmônica menor possui um sétimo grau elevado em relação à escala natural. Já a escala melódica menor possui um sexto e sétimo graus elevados na subida e os graus naturais na descida.

Na música brasileira, a tonalidade menor é muito utilizada para expressar sentimentos de saudade, melancolia e nostalgia. Muitos dos grandes clássicos da música brasileira são compostos em tonalidades menores, como “Eu sei que vou te amar” de Vinicius de Moraes e Tom Jobim, “Rosa” de Pixinguinha e “Carinhoso” de Pixinguinha e João de Barro.

Além das escalas, a tonalidade menor também possui clichês característicos que são utilizados para criar uma atmosfera mais melancólica na música. Alguns desses clichês incluem o uso da sexta e sétima graus elevados, acordes de sétima diminuta e a resolução de acordes de dominante para tônica de forma mais dissonante.

Em resumo, a tonalidade menor é uma parte fundamental da música brasileira, sendo utilizada para transmitir emoções profundas e intensas. Seja nos clássicos da bossa nova ou nos choros tradicionais, a tonalidade menor é uma ferramenta poderosa para os compositores brasileiros expressarem seus sentimentos de forma autêntica e emocionante.